VOLEIBOL SENTADO
História do Voleibol Sentado
O voleibol sentado surgiu na
década de 50, em uma junção do esporte convencional (o Volei), com o sitzbal.
Este último é um esporte alemão praticado por pessoas com mobilidade reduzida.
Entretanto, a principal diferença é que ele não possui redes.
Em 1956, unindo as duas
modalidades, mas com predominância das regras do voleibol, o vôlei sentado
começou a ser praticado.
Ele entrou nas Paralimpíadas
pela primeira vez nos Jogos de 1980, realizados em Arnhem, na Holanda. No
início, havia também uma modalidade disputada em pé. Foi somente em 2004, 24
anos depois, é que o voleibol sentado passou a brilhar sozinho.
A partir dos jogos de Atenas,
em 2004, o vôlei paralímpico começou a ser disputado exclusivamente com os
atletas sentados, constituído um dos esportes mais velozes e frenéticos das
Paralimpíadas.
Durante muito tempo este
esporte paralímpico foi voltado exclusivamente para competidores do sexo
masculino. Foi somente na edição de 2004 que as mulheres fizeram sua estreia na
competição.
Naquele ano, seis seleções
femininas disputaram a modalidade. A China garantiu o ouro ao vencer a seleção
da Holanda, que ficou com a prata. Os Estados Unidos ficaram com o bronze ao
vencer a Eslovênia por três sets a um.
A estreia da seleção brasileira
feminina de voleibol sentado aconteceu há pouco tempo. A primeira disputa do
Brasil foi nas Paralimpíadas de 2012, realizadas em Londres.
As brasileiras ficaram no mesmo
grupo que chinesas e estadunidenses, e acabaram eliminadas ainda na primeira
fase da competição. Vencendo a Eslovênia e a Grã-Bretanha, as brasileiras
garantiram a quinta colocação.
Regras do Voleibol Sentado
Apesar de guardar muitas
semelhanças em relação ao vôlei tradicional, esta modalidade possui várias
especificidades. Confira quais são as principais regras do voleibol sentado:
- Podem competir na modalidade:
amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral ou com
outros tipos de deficiência locomotora;
- As partidas são disputadas por
duas equipes, cada uma delas com seis jogadores em campo. Estes são
divididos em jogadores de ataque, defesa e o líbero;
- Cada uma delas tem, ainda, seis
jogadores reservas;
- Entre os 12 jogadores de cada
time, somente dois podem ter “inabilidade mínima”, sendo que somente um
pode estar em campo;
- Vence o jogo quem vencer o maior
número de sets;
- Não é permitido bater na bola sem
estar sentado;
- Cada equipe pode tocar na bola
somente três vezes antes de passá-la para o campo adversário;
- A partida é disputada em cinco
sets. Vence a partida quem fizer três sets primeiro;
- Em caso de empates dos sets
(2×2), o último set será decisivo. Ele é chamado de tie-break;
- Os sets possuem 25 pontos
corridos e o tie-break 15 pontos;
- Assim como no voleibol
convencional, para vencer o set, é necessário, além dos 25 pontos, marcar
dois pontos de diferença;
- A equipe de arbitragem é composta
por:
- Dois árbitros que são
responsáveis por fiscalizar todas as jogadas;
- Dois auxiliares, que ficam nas
extremidades da quadra para averiguar as linhas;
- Dois marcadores cuja
responsabilidade é assinar os pontos da partida.
Quadra do Voleibol Sentado
A quadra para a prática da
modalidade mede 10 metros de comprimento, por seis metros de largura. As linhas
de ataque estão posicionadas a dois metros do centro do campo.
Assim como no vôlei tradicional, dividindo a
quadra, há uma rede. Esta, por sua vez, é posicionada em alturas diferentes,
dependendo se a competição é masculina ou feminina. Para homens, a altura é de
1,15 metros, enquanto para mulheres, a rede fica a 1,05 metros do chão.
Classificação funcional
A classificação funcional do
voleibol sentado é dividida entre amputados e “les autres”. Em “les autres”
enquadram-se pessoas que possuem alguma deficiência motora. Alguns atletas das
categorias de amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal
(paratetra-pólio) podem participar de alguns eventos nesta classificação.
Para os primeiros, a divisão
ocorre em nove classes básicas, de acordo com as limitações dos atletas. Elas
baseadas nos seguintes códigos:
AK (above knee) – quando a amputação ocorre
acima ou através da articulação do joelho.
BK (below knee) – neste caso, a amputação
é feita abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcâneo.
AE (above elbow) – amputação abaixo
do cotovelo.
BE (below elbow) – amputação acima
do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso.
Classe A1 – duplo AK
Classe A2 – AK simples
Classe A3 – duplo BK
Classe A4 – BK simples
Classe A5 – duplo AE
Classe A6 – AE simples
Classe A7 – duplo BE
Classe A8 – BE simples
Classe A9 – amputações combinadas
dos membros inferiores e superiores.
Fontes:
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