O que é corrida de orientação
A
Orientação é uma atividade desportiva que tem como objetivo principal o
percorrer de uma determinada distância em qualquer tipo de terreno, obrigando o
participante a passar por diversos postos de controle. Antes do início de cada
prova, todos os praticantes têm acesso a um mapa onde verificam os locais que
são de passagem obrigatória. No terreno, cada desportista passa pelo local que
está marcado no mapa (balizas) e introduz o seu cartão de controle (identificador)
numa estação eletrônica que confirma a sua passagem.
A corrida de orientação, também conhecida como o
"desporto da floresta", corresponde atualmente a uma necessidade que
o homem tem de recuperar o contato com a natureza. Nela, podemos identificar
várias vertentes: desportiva (competição), recreativa e educativa. Na corrida
de orientação existe uma série de regras que se prendem com a realização do
percurso, os materiais a utilizar e os procedimentos para obter o melhor
resultado.
A História da Orientação
A Orientação surgiu em finais do
século XIX (1850) nos países escandinavos e as suas raízes estão diretamente
relacionadas com a vertente militar. As tropas realizavam entre si pequenos
exercícios de orientação que tinham como objetivo principal o reforço dos elos
de camaradagem de todos os elementos e o fortalecimento do espírito de grupo.
No entanto, a Orientação como
desporto começou apenas a dar os primeiros passos em 1912, pela mão do Major e
líder escoteiro sueco Ernst Killander, considerado o pai da Orientação. O Major
chamou a atenção de todos os jovens que se afastavam da corrida e do atletismo
(as principais competições da época) e trouxe-os para esta “nova forma de
correr”. A Maratona ficou assim dividida em três provas, onde a disciplina da
leitura por carta e a perceção da Orientação foram adicionadas.
A 25 Março de 1919 deu-se a
primeira competição oficial de Orientação, na denominada "Corrida de
Estocolmo", que teve como diretor de prova Ernst Killander. A prova
ocorreu perto de Saltsjöbaden, reuniu mais de 200 participantes e foi
organizada pela Federação de Desportos de Estocolmo. A competição tinha uma
extensão de 12 quilómetros e apenas 3 postos de controlo e foi considerada um
autêntico sucesso mundial. A partir deste momento, a Orientação não mais parou
de crescer como desporto e atualmente tem milhares de praticantes em todo o
planeta.
A história da
Orientação no Brasil
A
Orientação chegou ao Brasil na década de 70, nomeadamente no ano de 1971, pela
mão do Coronel Tolentino Paz. Ele foi o responsável máximo pela introdução e
organização das primeiras competições militares de Orientação no Brasil.
Em
1974, este desporto foi incluído como disciplina obrigatória na Escola de
Educação Física do Exército (EsEFEx) pelo Ministério de Educação e Cultura
(MEC) e era visto como uma modalidade que disciplinava o corpo e a mente.
Nos
anos seguintes, a competição de Orientação foi divulgada a outras organizações
civis e militares e, desde então, sucederam-se várias demonstrações, torneios e
campeonatos que fizeram com que este desporto de aventura crescesse para um
patamar de excelência e reconhecimento nacional.
As regras básicas
- Passar por todos os pontos de controle; na sequência
estabelecida.
- Marcar corretamente o cartão de controle;
- Preservar a natureza.
As características do esporte
Um atleta
para realizar um percurso, previamente assinalado no mapa fornecido, deve
conhecer:
- todos
os sinais que representam os pormenores do terreno no mapa: casas, caminhos,
vegetação, cursos de água, linhas elétricas, etc.;
- deve
conhecer os sinais da ficha de sinalética que o ajudam a identificar o local
preciso onde deve dirigir-se: cruzamento de caminhos, cume de um monte, lado
oeste, árvore entre duas rochas, etc.;
- deve
saber utilizar uma bússola.
Durante a
realização do percurso o atleta deve movimentar-se sempre de acordo com o mapa
orientado de forma a conseguir fazer uma associação correta carta/terreno.
Exemplo: o atleta está virado para um lago, ao seu lado esquerdo tem um bosque
e atrás dele existem as ruínas de uma casa.
Depois de
identificar no mapa os pontos que visualizou no terreno, deve colocá-lo de
acordo com a disposição real desses pontos.
Chegando
a um ponto, que é identificado por uma baliza (bandeirola laranja e branca),
deve conferir o código que identifica o ponto (Ex: ponto 1 código FK). De
seguida deve marcar o seu cartão de prova com o alicate que existe no local.
Este alicate é diferente de ponto para ponto, marcando como um código em
picotado o cartão de controlo que é transportado por cada corredor.
A prova
prossegue sempre utilizando os mesmos procedimentos. O vencedor é aquele que
realiza o menor tempo. Como se trata de uma prova individual os concorrentes
saem com intervalos de tempo entre si, isto para evitar que sigam o concorrente
da frente. Os pontos devem ser marcados pela sua ordem (Exemplo: um atleta não
pode marcar o ponto 2 porque o encontrou primeiro e de seguida marcar o 1).
O mapa de Orientação
O mapa de orientação é um mapa topográfico detalhado, onde é
traçado o percurso que o atleta tem que percorrer e são locados precisamente
todos os detalhes da vegetação, relevo, hidrografia, rochas e construções
feitas pelo homem etc.
O percurso de orientação
O percurso de orientação é constituído do triângulo de
partida, PCs (Pontos de Controle) e chegada. Entre os PCs, que são locados
precisamente no terreno e equivalentemente no mapa, estão as pernadas do
percurso, nas quais o competidor deverá orientar-se.
As Instituições de administração do
esporte no Brasil
A Confederação Brasileira de Orientação (CBO), com sede em
Santa Maria – RS, é a instituição nacional de administração do esporte
orientação, foi fundada em 11 de janeiro de 1999 em Guarapuava – PR, e conta
hoje com seis Federações Estaduais, mais de setenta clubes e entidades de
prática e mais de quatro mil atletas filiados.
Referências
https://bussolas.com/artigos/historia-orientacao-desporto-aventureiros
https://www.sportseventos.com.br/artigo.aspx?O-que-%C3%A9-Corrida-de-Orienta%C3%A7%C3%A3o?&i=109
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