segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Caratê




CARATÊ

Entende-se como Karate-Do a prática complementar de formação cultural e desportiva baseada no desenvolvimento peculiar dos sistemas de defesa pessoal e evolução interior característicos de Okinawa em seus primórdios (século XVIII) e do Japão a partir do início do século XX.
Karate é uma palavra japonesa que significa "mãos vazias". É uma arte altamente científica, fazendo o mais eficaz uso de todas as partes do corpo para fins de auto-defesa. O maior objetivo do karate é a perfeição do caráter, através de árduo treinamento e rigorosa disciplina da mente e do corpo. O karate-ka (cultor de karate-do) utiliza como armas as mãos, os braços, as pernas, os pés, enfim, qualquer parte do corpo.

Além de ser um excelente meio de auto-defesa, o karate também é um meio ideal de exercício. Ele desenvolve a força, a velocidade, a coordenação motora, o condicionamento físico e é reconhecido também por seus valores terapêuticos.

O combate desarmado nasceu antes da história escrita, mas as origens mais remotas são obscuras, muitas vezes encobertas pelo folclore de uma variedade de culturas do mundo.

Várias formas de combate desarmado eram praticadas na Índia, na China, em Formosa e em Okinawa, uma ilha ao sul do Japão. Em Okinawa, as lutas desarmadas foram desenvolvidas em segredo durante muito tempo, devido à influência dos fidalgos japoneses que conquistaram a ilha, proibindo os seus súditos de carregarem armas. Esta proibição de andarem armados obrigou muitas pessoas a praticar formas de combate sem armas, em segredo.

O karate moderno nasceu na época em que o finado Mestre Gichin Funakoshi (1868-1957), então líder da Sociedade Okinawa de Artes Marciais, foi solicitado pelo Ministério da Educação do Japão, em maio de 1922 a conduzir apresentações de karate em Tóquio. A nova arte foi recebida entusiasticamente e foi introduzida em várias universidades, onde criou raízes e começou a florescer.

As lutas orientais são originárias de países como Índia, China, Japão e Coréia. Em sua formação, tinham um caráter voltado tanto para a defesa da nação, quanto para a do próprio praticante. Com o passar dos anos, principalmente após o contato dessas lutas com o Ocidente, surgiram alguns mestres que perceberam nelas potenciais possibilidades educativas, como autodomínio, superação de limites, aumento de concentração, exercício físico e atividades de lazer, situações que vão muito além dos preceitos formados em sua origem.






Diferenças entre luta e artes marciais:

As artes marciais, para esses autores, são práticas corporais de ataque e defesa, podendo ser também caracterizadas como lutas. A principal diferença entre as duas é que os praticantes de artes marciais, principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam uma orientação filosófica que determinaria a sua diferença com as lutas.
A expansão do caratê e de outras lutas é percebida em desenhos animados, brinquedos, jogos de cartas e tabuleiros e nos mangás, histórias em quadrinhos conhecidas pelo público adolescente que aprecia o gênero. Nesse sentido, as artes marciais possuem um caráter introspectivo que pode ser muito benéfico à educação. As metas sempre dizem respeito aos limites, às possibilidades e peculiaridades de cada indivíduo em ação. Apesar de aparentemente o foco estar no oponente, o objetivo dessa prática é olhar e transformar a si mesmo, independentemente do outro. Para o praticante, é como se o “inimigo” fosse ele mesmo, com seus limites, medos, defeitos e fraquezas.
O caratê tem sua origem ligada à ilha de Okinawa, atualmente uma província japonesa localizada no extremo Sul do país. A localização estratégica de Okinawa caracteriza uma peculiaridade às tradições culturais mais próximas da China do que do próprio Japão. Preceitos culturais, filosóficos e religiosos também influenciaram o caratê e outras formas de combate no Japão.

A palavra japonesa karate, derivada do termo original to te, significa “mãos vazias”. A luta tem como característica a utilização das mãos, dos pés, dos braços e de qualquer outra parte do corpo como arma de defesa pessoal. No século XVI, Okinawa foi invadida e perdeu sua independência. Ninguém podia portar ou utilizar armas, fato que pode ser considerado importante para o surgimento do caratê.

A colônia japonesa foi responsável pela introdução do caratê no Brasil em meados da década de 1950. O Estado de São Paulo foi o primeiro a ter contato com essa luta que, anos depois, se expandiu para outros Estados brasileiros.

O caratê é praticado em um local chamado dojo (que significa “local onde se estuda o caminho”), e seus praticantes usam o gui, uma roupa de algodão composta por uma calça e uma blusa (semelhante a um quimono), amarrada por uma faixa colorida (que simboliza o nível de conhecimento do praticante).
Atualmente, o aprendizado das técnicas é dividido em três elementos:

·         - kihon (técnica fundamental) – base, defesas, socos e pontapés;
·         - katas (exercícios ou movimentos formais com “um ou dois inimigos imaginários”).
Esses exercícios apresentam cinco características:
1) sequência: movimentos e direção dos golpes;
2) respiração: alternância entre momentos de inspiração e expiração com intensidades diferentes;
3) combinações e tempo: sequência de movimentos combinados que dão “vida” ao kata;
4) forma e significado: posição dos golpes (mãos e pés) e significado da intenção de cada movimento;
5) olhos: significa concentração e indica a direção de execução dos movimentos e golpes;
·         - kumite (combate) – no qual se utiliza as técnicas do kihon e dos katas.

Devido ao fato do karate ter sido praticado secretamente no passado, um grande número de escolas e estilos (Ryus) foram desenvolvidos. Hoje existem inúmeras escolas no Japão, sendo as mais destacadas: Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu, Shorin-Ryu e Wado-Ryu, todas com ramificações pelo mundo afora.





Existem cinco escolas ou estilos de Caratê e cada uma delas apresenta diferentes combinações e aplicações das técnicas, utilizando força, velocidade e resistência, percebidos na movimentação das mãos e dos pés. As condutas para praticar o caratê são baseadas no respeito mútuo. Alguns movimentos do esporte assemelham-se aos de animais em seus habitats.

São elas:

·         Goju-Ryu: o nome advém de go (força) e ju (flexibilidade) e foi desenvolvido pelo mestre Chojun Miyagi. É uma técnica que prima pelo bloqueio para dar mais rapidez ao ataque e que exige muita resistência e força.

·         Shotokan: desenvolvido pelo mestre Gichin Funakoshi, quando divulgou o caratê nas outras partes do Japão. Seus alunos criaram a JKA (Japan Karate Association) que passou a ser o berço do estilo. Em japonês, shotokan significa “academia de shoto”; e shoto é “o som que o vento faz quando passa no pinheiro”, pseudônimo utilizado pelo mestre Funakoshi para assinar suas poesias. É um estilo com bases mais amplas, de movimentação rápida e com grande aproveitamento da movimentação dos quadris, no qual o equilíbrio é muito importante.

·    Shito-Ryu: criado por Kenwa Mabuni, é caracterizado por uma grande riqueza de movimentos (katas), que combinam velocidade e agilidade, força e contração muscular.

·         Wado-Ryu: significa estilo do caminho da paz e foi criado pelo mestre Hironori Otsuka. Difere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço, imobilizações, esquivas e  golpes de impacto com os membros, além de arremessos e projeções. O bloqueio como técnica de defesa é transformado em movimento de ataque.

·         Shorin-Ryu: tem suas origens no karate de Sokon Matsumura. Shorin significa “floresta  de pinheiros”. É caracterizado pela respiração mais natural possível e por suas bases (posturas) mais altas.


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Um comentário:

  1. gostei muito deste texto, aprendi muito sobre o conteúdo, e me ajudou bastante. adoro a professora ILKA

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