sábado, 21 de abril de 2012

Obesidade e sobrepeso em adolescentes


O sobrepeso e a obesidade em crianças e adolescentes têm se constituído em importante fator de preocupação na área da saúde publica. Primeiramente porque o excesso de peso e de gordura corporal nos jovens aumenta o risco de os adultos apresentarem sobrepeso ou obesidade. Segundo, em razão de o sobrepeso e a obesidade em idades precoces estarem associados ao aparecimento e ao desenvolvimento de fatores de risco que podem predispor aos adultos à maior incidência de distúrbios metabólicos e funcionais. Terceiro, em consequência de o sobrepeso e obesidade no adulto resultarem de comportamentos e hábitos inadequados quanto à dieta e à atividade física incorporados na infância e na adolescência de difícil modificação (Guedes, 1998).
Ainda segundo o autor, vários fatores associados aos aspectos alimentares e de prática da atividade física dos jovens podem contribuir para o aumento na prevalência do sobrepeso e da obesidade na adolescência. Com relação aos aspectos alimentares, coincidindo com o inicio da adolescência, o jovem passa a apresentar maior suscetibilidade à propaganda consumista das indústrias alimentícias, maiores oportunidades para consumir alimentos de elevado valor calórico fora de casa e maior capacidade para influenciar os alimentos a serem consumidos em casa. Quanto à atividade física, a aquisição de hábitos sedentários, traduzidos pela prática passiva de ocupação do tempo livre, mediante substituição de atividades lúdicas envolvendo esporte e esforços físicos mais intensos por diversões eletrônicas, parece ser a principal responsável pelo declínio na demanda dos adolescentes.
O jovem com excesso de peso e de gordura corporal demonstra ser mais resistência à pratica de atividade física em razão de sua reduzida capacidade de realização de trabalho muscular. Em parte, isso pode ser explicado porque os que apresentam sobrepeso ou são obesos evitam esforços físicos mais intensos. Contudo, ao se envolver com rotinas adequadas de exercícios físicos, prescritas e orientadas de acordo com a condição de maior peso corporal, sua capacidade de desempenho físico tende a se elevar paulatinamente, oferecendo condições para que seja possível tornar seu cotidiano mais ativo fisicamente (Guedes, 1998).

sábado, 14 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Obesidade na Infância e Adolescência


A prevalência mundial da obesidade infantil e na adolescência vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Este fato é bastante preocupante, pois a associação da obesidade com alterações metabólicas, como a hipertensão e a intolerância à glicose, considerados fatores de risco para o diabetes mellitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos; no entanto, hoje já podem ser observadas frequentemente na faixa etária mais jovem. Além disso, alguns estudos sugerem que o tempo de duração da obesidade está diretamente associado a morbimortalidade por doenças cardiovasculares.
Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio ambiente. O estudo de Oliveira et al., verificou que a obesidade infantil foi inversamente relacionada com a prática da atividade física sistemática, com a presença de TV, computador e videogame nas residências, além do baixo consumo de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso em nosso meio. Outro achado importante foi o fato da criança estudar em escola privada e ser unigênita, como os principais fatores preditivos na determinação do ganho excessivo de peso, demonstrando a influência do fator sócio-econômico e do micro-ambiente familiar. O acesso mais fácil aos alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como, aos avanços tecnológicos, como computadores e videogames, poderia explicar de certa forma a maior prevalência da obesidade encontrada nas escolas particulares. Contudo, esses dados não estão de acordo com os encontrados em países desenvolvidos, onde existe uma relação inversa entre o nível de educação ou sócio-econômico e a obesidade.
Diante do que foi discutido, percebe-se a importância da implementação de medidas intervencionistas no combate e prevenção a este distúrbio nutricional em indivíduos mais jovens. Algumas áreas merecem atenção, sendo a educação, a indústria alimentícia e os meios de comunicação, os principais veículos de atuação. Medidas de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não saudáveis, dirigidos principalmente ao público infantil e, a inclusão de um percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas. Sobre a indústria alimentícia, devemos procurar o apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis.

domingo, 1 de abril de 2012

Pra que atividade física?

Educação e Educação Física


A educação tem por finalidade auxiliar o homem  a edificar sua própria personalidade e integrar-se de maneira ativa e criadora no mundo em que vive. Deve ser iniciada com o nascimento do pequeno ser e se prolongar durante toda a sua existência, estimulando e desenvolvendo o físico e a mente através de alternâncias, mais ou menos intensas, de acordo com as diferentes fases do seu desenvolvimento, da maturidade e inclusive da velhice.

A vida é movimento e o gesto humano é uma das primeiras manifestações de expressão e, por conseguinte, de comunicação entre o ser e o meio em que vive. O exercício das atividades motoras pela criança, além de exercer papel  preponderante no seu desenvolvimento somático e funcional, estimula e desenvolve as suas funções psíquicas. Daí a razão de ser da educação do corpo instrumento e como fator de equilíbrio geral do organismo.

A Educação Física, ou atividade ginástica, apresenta-se como ou trabalho. Corresponde a uma atividade muscular controlada, regida por normas e métodos com objetivos bem definidos, desde o desenvolvimento morfofuncional do organismo jovem, até a manutenção do equilíbrio homeostático do indivíduo adulto e a readaptação orgânico-funcional do indivíduo doente ou com sequelas traumáticas ou de doenças  anteriores, colaborando decisivamente na educação do indivíduo. (TEIXEIRA, H., 1935)

A atividade física, para a criança, para o adolescente, e para o adulto, é de fundamental importância. O espírito competitivo, sendo um sentimento inato no homem, deve ser incentivado desde a infância até a idade adulta através da Educação Física e do esporte.

A iniciação da criança, no esporte competitivo, deve obedecer a um verdadeiro ritual preparatório, cuja sequencia vai desde os exercícios físicos naturais e os jogos recreativos até a ginástica e os jogos pré-competitivos.

Os treinamentos esportivos, durante a idade evolutiva, devem obedecer a uma programação com grandes intervalos entre um período e outro, que se vão tornando cada vez menores à medida que caminhamos da infância para as diferentes fases da adolescência. Além do mais, os controles médicos periódicos são de suma importância, numa constante vigilância da receptividade do organismo jovem às cargas de trabalho impostas pelo esforço físico do tipo esportivo.

Um dos objetivos primordiais da Educação Física é o de desenvolvermos as habilidades naturais das crianças, da forma mais simples possível, ou jamais chegaremos a completar o trabalho educacional de base que nos propomos  a realizar. Uma criança que não brinca, não desenvolve o seu psiquismo e será desastroso orientá-la a conduzir artificialmente, por métodos antinaturais.

O interesse dos alunos pela disciplina, só será despertado através de uma motivação que, nesse caso, é a própria Educação Física, com todos seus recursos e dentro de uma dinâmica variada e bem selecionada de exercícios que levarão o aluno para um objetivo, bom para ele e para o professor também.

É preciso que tomemos consciência da importância que se desempenha no setor educacional, pois desenvolvendo essa atividade junto às crianças e adolescentes estamos contribuindo de maneira decisiva para a formação dos homens de amanhã, que serão mais fortes, mais saudáveis, mais cultos e mais felizes (TEIXEIRA, H., 1935).